Psiclogia Infantil e a Vida

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Psicologia Infantil e a Vida é um blog criado para abordar questões de psicologia infantil e temas emergentes que os pais, crianças e as escolas enfrentam nos dias atuais.
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terça-feira, 22 de maio de 2012

LIMITES SEM CULPA...

                                                                                   
Dar limites sim ou não?




Como, quando e por que dizer ´´não´´ aos filhos.

Educar uma criança é um processo complexo e continuo. Requer tato para lhe dar com situações totalmente inesperadas. Para maioria dos pais que nem sonhavam ter tanto trabalho, todo dia e todas as horas do dia. No entanto se agirmos com segurança e firmeza de propósito poderemos atingir nossos objetivos educacionais sem autoritarismo.
Então dar limites ao contrário do que muitos pensam, não é oposto- com dar carinho, amor, atenção e segurança.
A criança que não aprende a ter limites para seus quereres, desejos e vontades, que tudo quer e tudo pode, tende a desenvolver um quadro de dificuldades que vai se instalando.

1- Ataques de raiva  , descontrole emocional e histeria
Comum em crianças (até 5 ,6 anos no máximo).

  A criança ao nascer é hedonista vive em busca de seus desejos e necessidades é também egocentrica (bebê e criança pequena ideia mítica que o mundo giraem torno deles.) E ainda não tem noção de valores nem pode saber o que é certo ou errado. Espera-se que os adultos vá mostrando paulatinamenta o que se pode ou não fazer. Afinal vivemos em sociedade regulamnetada por leis e normas e quem não segue sofre sanções. A escola irá colaborar com os pais mas nunca irá substituir.
  Quando os pais trabalham adequadamente nesse sentido, com o passar de anos a criança terá desenvolvido de forma sólida o processo de socialização (conviver). A criança que não é orientada pelos pais, e, é sempre atendida quando chora e esperneia, está aprendendo a alongar seus limites e aprendendo a controlar o mundo através do grito pela violência ou agressão.

2- Dificuldade crescente de aceitação de limites
  
   Se uma criança joga o prato de comida para expressar o não querer, cabe ao adulto falar com tranquilidade´´ isto não tá certo quando não quiser, não coma, mas não jogue no chão.´´
  A criança entenderá que esta é uma ação que a mamãe não aprova.  Se cada vez que ela tiver ações deste tipo a mãe ou o adulto da relação ir mostrando com naturalidade desaprovação, a tendência e que ela vá deixando de lado esta atitude.
  Então não é fácil? Aprovar o que seu filho faz de bom, com um olhar carinhoso e aplaudir (elogiar atitudes e comportamentos positivos). Gerando assim um sentimento de bem estar e auto-estima na criança. E desaprovar ou seja, não estimular atitudes negativas, destrutivas e agressivas.

3-Distúrbios de conduta, desrespeito aos pais, colegas e autoridades, incapacidade de concentração
dificuldade em concluir tarefas, excitabilidade, baixo rendimento
    
  A criança cresceu foi cercada de amor, isto nunca pode faltar. Mas também atendida em todos os desejos. Foi crescendo e ficando cada dia mais distanciada da realidade. O mundo se tornou seu escravo. Assim ela percebeu que pudesse interromper aos gritos quem estivesse falando, comprar todos os brinquedos prediletos, comer todos os doces a hora que quisesse e dormir na cama do pai e da mãe todas as noites. Ao final de sete oito anos os pais percebem que criaram uma pessoinha com uma visão distorcida do mundo e que agora, colegas, parentes e vizinhos estão evitando conviver com alguém tão cheio de vontades.   
  Então a criança que todos achavam tão lindinha e cheia de ´´personalidade´´ tornou-se um verdadeiro reizinho, tirano e mandão. Contudo, ninguém tem mais autoridade sobre ele,não consegue convence-lo a estudar, falar com educação com os mais velhos, respeitar filas, tolerar desgostos e frustrações, não fazer os deveres, e agora com 11 anos, joga a bicicleta no colega ou empurra propositalmente. Socorro?  Exagero? De forma alguma, a criança que não aprende ter limite cresce com uma deformação na percepção do outro. Só ela importa, só o seu bem estar e o seu prazer.


Consequências bem graves:
Falta de concentração
Falta de persistencia
Desrespeito pelo outro família, colega , professores e autoridades em geral.
Intolerância a frustração

  Em resumo aquilo que nos primeiro anos de vida pode parecer apenas engraçadinho interessante e até afetivo, acaba levando a criança ao polo oposto. Tentando evitar traumas psicológicos os pais estarão, dessa forma, com muita probabilidade propiciando sérios problemas num futuro nem tão distante.
Se a criança não aprende a ouvir não, de tanto ampliar seu espaço e sem aprender a reconhecer o outro como um ser humano, com necessidades e direitos tal como ela é, essa criança vai desenvolvendo caracteristicas de instabilidade emocional, redução na capacidade de concentração tal como vimos da falta de limite e incapacidade crescente de tolerar contrariedades.
  Cabe a nós pais e adultos orientar com firmeza e amor mesmo que seja exaustiva essa função de educar. E no futuro colheremos frutos daquilo que plantamos em seus corações, através de nossas ações coerentes  e nossos exemplos.









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RJ, RJ, Brazil
Psicóloga e Educadora Infantil.