Psiclogia Infantil e a Vida

Seja Bem Vindo!
Psicologia Infantil e a Vida é um blog criado para abordar questões de psicologia infantil e temas emergentes que os pais, crianças e as escolas enfrentam nos dias atuais.
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terça-feira, 3 de julho de 2012

A FUNÇÃO REGULADORA DO ELOGIO E SEUS BENEFÍCIOS


                                                                            ELOGIE -AME- PROTEJA
    DIGA PALAVRAS FORTALECEDORAS E ENCORAJADORAS ESTIMULE SENTIMENTOS DE AUTO-VALOR EM SEU FILHO.

Como elogiar e por que  elogiar nossos pequenos...

É Necessário, orientar e fortalecer a personalidade de nossos amados herdeiros, através da educação dos sentimentos e da construção de uma moral enrriquecida de valores e virtudes.
Elogiar com consistência e sinceridade as atitudes e comportamentos adequados de nossas crianças, de forma estimular-lhes a cultivarem pureza de intenção é uma ferramenta poderosa.Sendo assim, eles desenvolvem comportamentos saudáveis aprendendo relacionar consigo e com os outros. 
Os benefícios são sentimentos de adequação, segurança emocional, força de caráter, auto-valor, auto-respeito, auto-confiança e auto-estima elevada. Nossos filhos precisam aprender além dos conteúdos escolares: valores, princípios e ética. Precisam aprender a respeitar as diferenças, adquirir hábitos saudáveis e construir amizades sólidas. Não se consegue nada disso por meio de elogios frágeis, focados no ego de cada um. É preciso que sejam incentivados constantemente a agir com solidariedade e respeito ao outro. Isso se faz com elogios, feedbacks e incentivos ao comportamento esperado.
Nossos filhos precisam ouvir frases como: “Que bom que você o ajudou, você tem um bom coração”, “parabéns meu filho por ter dito a verdade apesar de estar com medo… você é ético”, “filha, fiquei orgulhoso de você ter dado atenção àquela amiguinha novata… você é solidária”. ´´Meu amor que bom que você gosta de cuidar de sua colega que usa cadeira de rodas é sempre bom receber carinho não acha?´´.´´ Sinto orgulho de ter um filho como você´´. ´´Que bom querida que você compreendeu que agora não posso te dar atenção, assim que terminar esta tarefa brincarei com você´´. 
Elogios desse tipo estão fundamentados em ações reais e reforçam ocomportamento positivo da criança que tenderá a repetí-los. Isso não é “tática” paterna, é incentivo real.
 Por outro lado, elogiar superficialidades é uma tendência atual. “Que linda você é, amor”, “acho você muito esperto meu filho”, “Como você é bonito e inteligente”, “que cabelo lindo”, “seus olhos são tão bonitos”. ´´Você tirou a melhor nota da sala parabéns!´´
Elogios como esses não estão baseados em fatos, nem em comportamentos, nem em atitudes. São apenas impressões e interpretações dos adultos. 

 Então, numerosos livros e artigos, estimulam pais e professores a recorrer generosamente aos elogios e muitas experiências mostram que eles são bem melhores que os castigos, como eficientes condicionadores de comportamentos. É claro as crianças querem reflexos positivos e farão qualquer coisa para conseguir nossa aprovação. No entanto, há uma sutil diferença, mas importante entre rótulos positivos (´´bom ´´ou´´comportado´´) aplicados a pessoa de uma criança e a aprovação dirigida aos atos.     

 Para acreditar em si mesma a criança não deve ter que questionar o seu valor como pessoa.Essa distinção não fica clara para criança quando lhe dizem que ela boa por que gostaram do que ela fez. A criança paga um preço psicológico muito caro para se conviver com os julgamentos, ela aprende a considerar seu comportamento como sinônimo de pessoa. 

 Para exemplificar pensemos que o sol é o núcleo interior da criança e os raios do sol pode ser comparado aos seus comportamentos. Os raios vem do sol então esse raciocínio´´ bom comportamento´´= ´´boa pessoa´´ e´´ mau comportamento´´ ´´má pessoa´´. Logo esse raciocínio, não separa a criança de seus atos.

  • O auto-resepeito da criança varia constantemente, a menos que ela consiga andar na corda bamba de um desempenho elevado. Nehuma criança comporta-se sempre de maneira aceitável pois todas estão em desenvolvimento. Quando as palavras dos adultos e atitudes igualam os comportamentos da criança com a sua pessoa isso faz com que ela viva se sentindo um iô iô. Assim seu valor pessoal sobe e desce de acordo com seu comportamento.

  • Mesmo que você não acredite que seu filho é aquilo que ele faz pode levá-lo a pensar isso, minando sua auto- estima e seu valor pessoal.

JULGAMENTOS E PALAVRAS ROTULADORAS: Palavras rotuladoras- adjetivos e substantivos que descrevem uma pessoa- são as que causam problemas tais como: ´´ preguiçoso´´ ,´´ bagunceiro´´, ´´bom´´, ´´mau´´, ´´levado´´, ´´bonzinho´´ têm pela sua natureza o caráter de julgamento. Em geral o uso de você seguido de um substantivo ou adjetivo que descreve ou classifica a criança, representa um julgamento. Ex: ´´Seu palerma você não sabe fazer outra coisa a não ser brincar na rua?´´.

EVITE A ARMADILHA DO JULGAMENTO: Deixar de julgar é muito difícil pois quase todos nós passamos a vida inteira sendo julgados. E raramente questionamos este modo de pensar. Você pode acabar com esse hábito adquirindo consciência de que está julgando. Para fugir do carrosel do julgamento anote algumas frases que você usa a seu próprio respeito e a respeito de seus filhos - as frases com ´´você´´, seguidas de palavras descritivas. Em seguida, reescreva as frases como uma manifestação de seus sentimentos interiores. Veja como pode subistituir as palavras.

A vigilância e a prática podem transfromar você!

 Reflita sobre isto:

Enfim você pode estar pensando mas meu filho será julgado e rotulado por outras pessoas, amigos, professores.Sim será rotulado de um jeito ou de outro no mundo exterior. No entanto a ausência de julgamentos dos pais e cuidadores diários ajuda a criança a transformar rótulos de outras pessoas, onde provavelmente terá mais condições de ignorar esses rótulos, consequentemente menos ferida em seu eu. Sua auto-imagem fortalecida e sendo poupada de golpes desnecessários.Definitivamente nossos filhos não são os seus comportamentos!

A CRIANÇA SAUDÁVEL SE VÊ A PARTE DE SEUS ATOS.

 

O Sentimento de valor pessoal, independente do seu Comportamento é essencial para uma auto-estima elevada.

  A maneira como falamos com as crianças afeta a possibilidade de estas estabelecerem distinção vital entre o comportamento e eu. Elas necessitam se sentirem valorizadas, preciosas e especiais, só assim gostaram do que são.

Amar não é algo necessáriamente que você transmita da boca para fora.

É o sentimento que você têm para com sua criança demonstrando que a quer. E apesar das irritações intermitentes, você continua vendo suas qualidades e estimulando-as.

Este é o nosso papel enquanto pais!

Abraços! Até o próximo tema!

Fernanda
Dúvidas, sugestões e orientações

Contato 021 78907785

 

terça-feira, 22 de maio de 2012

LIMITES SEM CULPA...

                                                                                   
Dar limites sim ou não?




Como, quando e por que dizer ´´não´´ aos filhos.

Educar uma criança é um processo complexo e continuo. Requer tato para lhe dar com situações totalmente inesperadas. Para maioria dos pais que nem sonhavam ter tanto trabalho, todo dia e todas as horas do dia. No entanto se agirmos com segurança e firmeza de propósito poderemos atingir nossos objetivos educacionais sem autoritarismo.
Então dar limites ao contrário do que muitos pensam, não é oposto- com dar carinho, amor, atenção e segurança.
A criança que não aprende a ter limites para seus quereres, desejos e vontades, que tudo quer e tudo pode, tende a desenvolver um quadro de dificuldades que vai se instalando.

1- Ataques de raiva  , descontrole emocional e histeria
Comum em crianças (até 5 ,6 anos no máximo).

  A criança ao nascer é hedonista vive em busca de seus desejos e necessidades é também egocentrica (bebê e criança pequena ideia mítica que o mundo giraem torno deles.) E ainda não tem noção de valores nem pode saber o que é certo ou errado. Espera-se que os adultos vá mostrando paulatinamenta o que se pode ou não fazer. Afinal vivemos em sociedade regulamnetada por leis e normas e quem não segue sofre sanções. A escola irá colaborar com os pais mas nunca irá substituir.
  Quando os pais trabalham adequadamente nesse sentido, com o passar de anos a criança terá desenvolvido de forma sólida o processo de socialização (conviver). A criança que não é orientada pelos pais, e, é sempre atendida quando chora e esperneia, está aprendendo a alongar seus limites e aprendendo a controlar o mundo através do grito pela violência ou agressão.

2- Dificuldade crescente de aceitação de limites
  
   Se uma criança joga o prato de comida para expressar o não querer, cabe ao adulto falar com tranquilidade´´ isto não tá certo quando não quiser, não coma, mas não jogue no chão.´´
  A criança entenderá que esta é uma ação que a mamãe não aprova.  Se cada vez que ela tiver ações deste tipo a mãe ou o adulto da relação ir mostrando com naturalidade desaprovação, a tendência e que ela vá deixando de lado esta atitude.
  Então não é fácil? Aprovar o que seu filho faz de bom, com um olhar carinhoso e aplaudir (elogiar atitudes e comportamentos positivos). Gerando assim um sentimento de bem estar e auto-estima na criança. E desaprovar ou seja, não estimular atitudes negativas, destrutivas e agressivas.

3-Distúrbios de conduta, desrespeito aos pais, colegas e autoridades, incapacidade de concentração
dificuldade em concluir tarefas, excitabilidade, baixo rendimento
    
  A criança cresceu foi cercada de amor, isto nunca pode faltar. Mas também atendida em todos os desejos. Foi crescendo e ficando cada dia mais distanciada da realidade. O mundo se tornou seu escravo. Assim ela percebeu que pudesse interromper aos gritos quem estivesse falando, comprar todos os brinquedos prediletos, comer todos os doces a hora que quisesse e dormir na cama do pai e da mãe todas as noites. Ao final de sete oito anos os pais percebem que criaram uma pessoinha com uma visão distorcida do mundo e que agora, colegas, parentes e vizinhos estão evitando conviver com alguém tão cheio de vontades.   
  Então a criança que todos achavam tão lindinha e cheia de ´´personalidade´´ tornou-se um verdadeiro reizinho, tirano e mandão. Contudo, ninguém tem mais autoridade sobre ele,não consegue convence-lo a estudar, falar com educação com os mais velhos, respeitar filas, tolerar desgostos e frustrações, não fazer os deveres, e agora com 11 anos, joga a bicicleta no colega ou empurra propositalmente. Socorro?  Exagero? De forma alguma, a criança que não aprende ter limite cresce com uma deformação na percepção do outro. Só ela importa, só o seu bem estar e o seu prazer.


Consequências bem graves:
Falta de concentração
Falta de persistencia
Desrespeito pelo outro família, colega , professores e autoridades em geral.
Intolerância a frustração

  Em resumo aquilo que nos primeiro anos de vida pode parecer apenas engraçadinho interessante e até afetivo, acaba levando a criança ao polo oposto. Tentando evitar traumas psicológicos os pais estarão, dessa forma, com muita probabilidade propiciando sérios problemas num futuro nem tão distante.
Se a criança não aprende a ouvir não, de tanto ampliar seu espaço e sem aprender a reconhecer o outro como um ser humano, com necessidades e direitos tal como ela é, essa criança vai desenvolvendo caracteristicas de instabilidade emocional, redução na capacidade de concentração tal como vimos da falta de limite e incapacidade crescente de tolerar contrariedades.
  Cabe a nós pais e adultos orientar com firmeza e amor mesmo que seja exaustiva essa função de educar. E no futuro colheremos frutos daquilo que plantamos em seus corações, através de nossas ações coerentes  e nossos exemplos.









quinta-feira, 8 de julho de 2010

TDAH: Desatenção, hiperatividade e impulsividade

    As crianças TDAH representam o maior desafio para pais e professores. É um problema persistente e crônico, devendo ser administrado dia-a-dia durante a infância e adolescência. Desatenção, agitação, excesso de atividade, emotividade, impulsividade e baixo limiar de frustração afetam a integração da criança com todo seu mundo em casa, na escola e na comunidade em geral.
      Os relacionamentos são muitas vezes prejudicados pelo stress provocado pelo comportamento inconstante e imprevisível. O desenvolvimento da personalidade e o progresso na escola também são afetados de forma negativa. Os problemas ocorrem da pouca habilidade da criança e nas exigências impostas à criança pelo ambiente.
     Os pais percebem o problema quando a criança tem três ou quatro anos de idade, às vezes antes disso.
Na pré-escola os pais percebem os filhos como impacientes, sempre “a toda”, agindo como se dirigidos por um motor, freqüentemente subindo pelas paredes e se intrometendo nas coisas. Persistentes em suas vontades, necessitados de atenção paternal e geralmente instáveis quanto à sua curiosidade sobre o ambiente, os pré-escolares portadores de TDAH geram um desafio definitivo às habilidades de manejo de crianças por parte de seus pais, particularmente por suas mães. Requerem monitoramento freqüente, às vezes devem ser contidas, para permitir que os pais completem suas tarefas domesticas que requerem atenção total. Exibem tristezas, tornam-se irritadas com rapidez, desobedientes as instruções dos pais, podem ser desafiadores ou opositivas.Na idade escolar alem dos transtornos em casa a criança sentirá um peso maior relacionado à interação social. Aqui começam a se manifestar as dificuldades nas habilidades sociais.

     Algumas pessoas com TDAH têm a auto-estima abalada pela rejeição que sofrem dos outros que não compreendem seus problemas. Enquanto outras podem apresentar uma imagem irrealisticamente positiva de si própria em relação a outros e, nesse sentido, foi verificado que superestimam suas habilidades e a capacidade de obter êxito em uma tarefa quando solicitadas de antemão, sendo definidos por alguns como arrogantes; esforçando-se para serem mais queridas e avaliadas mais positivamente pelos outros, temem admitir que não sejam tão bons como acreditam e sentem-se obrigadas a assumir essa tarefa.
Identidade, aceitação pelo grupo, namoro e desenvolvimento físico surgem como uma segunda fonte de necessidades e ansiedades para os adolescentes. Desenvolve-se em alguns casos depressão, baixa auto-estima, diminuição de expectativas de sucesso futuro e preocupações sobre conclusão dos estudos e aceitação social. Inicio das relações sexuais com grande risco de não usar preservativos. Problemas de direção de veículos, multas e acidentes podem ocorrer com maior facilidade. Necessitando maior supervisão dos pais para prevenir resultados negativos.
  Os maiores problemas de nossas crianças continuam a ser que uma grande porcentagem daquelas com transtornos legítimos e com necessidade de tratamento não são encaminhadas, diagnosticadas.
Essas crianças são menos maduras em seu raciocínio moral. Elas parecem não aprender com erros do passado e possuem uma visão míope do futuro.Eles podem ver e lidar apenas com eventos que estão facilmente à mão e não com aqueles que se encontram muito a frente. Pode-se dizer que são cegos para o tempo, ou que apresentam algum tipo de síndrome de negligencia temporal, estando menos cautelosos e atentos a durações do tempo e do futuro que se encontram à sua frente. Isso pode fazer com que eles não cumpram promessas, encontros desmarcados, prazos perdidos podem comprometer imediatamente o julgamento negativo e imperdoável de outros. Por outro lado, não parecem tão limitados pelo medo do futuro como muitos de nós. E culpá-los por seus problemas de antecipação e planejamento do futuro é como culpar um surdo por não ouvir ou cego por não enxergar e infelizmente é o que a nossa sociedade faz com essas pessoas. Respondemos incrédulos quando nos dizem que uma pessoa com TDAH não entendeu completamente as conseqüências de seu comportamento, dizendo que é pretexto para não assumir sua responsabilidade. Rotulamos essas pessoas de descuidadas, negligentes, inseguras ou aventureiras e as enxergamos como imaturas. Julgamo-las responsáveis por sua aparência descuidada e punimo-las de acordo, por vezes severamente. Há evidencias de que eles poderão não escolher, na vida, caminhos que envolvam sacrifício imediato para recompensas em longo prazo.São mais capazes de se tornarem sexualmente ativos mais precocemente que outros adolescentes; São menos capazes de empregar métodos anticoncepcionais durante as relações sexuais (facilidade de gravidez e doenças sexualmente transmissíveis); tudo isso em função da incapacidade de dar o devido valor ao futuro e às conseqüências posteriores às ações atuais;
  Tem dificuldade de adaptação em situações nas quais precisam ser frias, calmas, não emocionais, e objetivas. Nossa sociedade nos cobra que ficamos calmos e racionais, e, freqüentemente os que demonstram tal habilidade são recompensados com maior status, prestigio responsabilidade e até mesmo maiores salários;
Pessoas com TDAH não conseguem criar motivação individual, interna ou intrínseca tão bem como os outros; e por isso não persistem em atividades, planos, objetivos ou instruções. Portanto, elas precisam de motivação do ambiente ou uma tarefa para ajudá-los a se manter na atividade. E se isso não acontecer (motivação externa) eles irão se despreocupar, abandonar a atividade, não porque sejam preguiçosos, mas devido a um problema biológico com funcionamento dessa porção do cérebro.

DIFICULDADE PARA MANTER A ATENÇÃO:

  Pessoas com TDAH têm problemas para fixar sua atenção em coisas por mais tempo que outras. Elas lutam para manter sua atenção em atividades mais longas que as usuais, especialmente aquelas mais maçantes, repetitivas ou tediosas.

  Tarefas escolares desinteressantes, atividades domésticas extensas e palestras longas são problemáticas, assim como leituras extensas, trabalhos desinteressantes, prestarem atenção a explicações sobre assuntos desinteressantes e finalizar projetos externos.
Quanto mais velhas ficam, mais devem ser capazes de realizar tarefas necessárias, porém desinteressantes, com pouca ou nenhuma assistência. Aquelas com TDAH ficarão atrás de outras crianças nessa capacidade, talvez em algo em torno de 30% ou mais. Por exemplo: uma criança de 10 anos com TDAH pode ter um período de atenção equivalente ao de outra com sete anos de idade sem TDAH. Isso exige que outros participem, auxiliando a guiar supervisionar e estruturar seu trabalho e seu comportamento. Portanto, freqüentemente surgem conflitos entre as crianças com TDAH, seus pais e professores. 
  A incapacidade de prosseguir em tarefas tediosas é um sinal de imaturidade. Elas aplicam menor quantidade de esforços e despendem menor quantidade de tempo para realizar tarefas desagradáveis e chatas. Por essa razão não esta bem claro que dar tempo extra as crianças ou adultos com TDAH nos exames de escola ou em suas profissões de fato as beneficiem. Elas podem acabar apenas gastando o tempo extra que lhes é dado em vez de utilizá-lo a seu favor para revisar seu trabalho, buscar erros a serem corrigidos ou ter mais força para enfrentar problemas que inicialmente ignoravam.

DIFICULDADE EM CONTROLAR IMPULSOS

   Crianças ou adolescentes com TDAH respondem a perguntas sem pensar, antes mesmo que as questões tenham sido finalizadas e querem que seus desejos se realizem de uma hora para outra. Elas têm muitos problemas em esperar pelas coisas, revezar-se em jogos, preparar-se para o almoço ou para o recreio na escola, ou esperar até que alguma atividade termine (missa na igreja, por exemplo), isso pode torná-las extremamente irritadas; elas podem se queixar de ter de esperar e até mesmo começar uma atividade que lhes foi solicitado adiar. Quando os pais a levam pra fazer compras ou assistir a um filme as crianças podem atormentar os pais demasiadamente durante o período de espera. Isso faz com que elas pareçam constantemente necessitadas e centradas em si próprias. Elas apresentam problemas consideráveis para conter suas respostas frente a uma situação e para pensar antes de agir. Elas fazem comentários que provavelmente não fariam caso pensassem antes. Elas também respondem ao que outros dizem ou fazem de forma impulsiva, ás vezes emocionalmente, e acabam sendo criticadas por assim fazer. Elas podem agir com rapidez com uma idéia que lhes vem a mente, sem considerar que se encontram no meio de algo que estão fazendo e que deve ser finalizado primeiro. São excessivas e falam alto, e com freqüência monopolizam as conversações. Esse comportamento é geralmente encarado como rude ou insensível, e tem conseqüências negativas em ambos os cenário: social e de ensino. Os professores percebem que as crianças com TDAH geralmente fazem comentários sem pensar e sem levantar a mão em sala de aula e iniciam tarefas ou testes sem ler as instruções com cuidado. Elas são descritas como pessoas que não sabe dividir o que tem com os outros e tomam posse de coisas que desejam e que não lhes pertencem.



CORRENDO MUITOS RISCOS: essas pessoas são mais propensas a acidentes que outras devido a sua impulsividade. Não pelo fato de crianças com TDAH não tomarem cuidado com o que vai acontecer, é que elas simplesmente não pensam a respeito de prováveis conseqüências futuras. A falta de controle dos impulsos também explica por que os adolescentes e os adultos com TDAH têm maior probabilidade de correr riscos ingerindo bebidas alcoólicas, fumando cigarros e usando drogas ilegais como a maconha

PENSAMENTO IMPULSIVO: eles têm tanto problema de pensamento quanto de comportamento impulsivo. Isto é, se estão fazendo uma atividade parecem ter um número bem maior de ocorrências de outros pensamentos que não tem haver com aquelas atividades realizadas no momento. Isso dificulta ainda mais a sua concentração.

PROBLEMA COM O COMPORTAMENTO EXCESSIVO: irrequieto, age como que movido por um motor, esta constantemente escalando tudo, não consegue ficar sentado e quieto, fala demais, geralmente produz zumbidos ou sons 0estranhos. Esses comportamentos definem a hiperatividade, que é uma terceira características do TDAH. Essa característica pode aparecer como inquietação, impaciência, ritmo desnecessário, ou com outros movimentos, e também como conversa excessiva. Os pais normalmente observam seus filhos: trocando de assento, batendo as mãos ou os pés, brincando com objetos próximos, ritmando e tornando-se impacientes e frustrados durante períodos de espera, sabem que tal comportamento não é normal.

DIFICULDADE EM SEGUIR INSTRUÇÕES: As crianças com TDAH são menos submissas às instruções e regras de seus pais. Enquanto nosso comportamento é controlado mais por direções e instruções do que pelo que realmente acontece a nossa volta, crianças com TDAH freqüentemente acabam ficando fora do ar ou se engajando em atividades não relacionadas às que foi solicitada a fazer. O resultado dessa desatenção é que outras pessoas têm sempre que lembrar às crianças com TDAH o que elas devem fazer. Os cuidadores nessa hora acabam ficando frustrados ou irritados. A criança pode falhar, pode repetir o ano e eventualmente deixar de freqüentar a escola. Eles passam aos outros uma idéia de que é imaturo e não tem autodisciplina e organização, ou pior, implica que a pessoa é intencionalmente preguiçosa, desmotivada e indiferente, ou está tentando evitar responsabilidades.


    Importante RESSALTAR que esse transtorno raramente se apresenta isolado. Mais que 50% dos casos vêm acompanhados de outros distúrbios, o que dificulta bastante o reconhecimento do TDAH. A presença de outros distúrbios junto com o TDAH modifica o tratamento e o prognóstico de cada caso.Pessoas com TDAH aumentam as suas chances de também apresentar vários outros problemas – é o que chamamos de comorbidade (problemas médicos, de desenvolvimento, emocionais, dificuldades acadêmicas).
   Contudo, nosso trabalho é fortalecer a auto-estima dessas crianças, dando-lhes suporte no conhecimento e entendimento do funcionamento do próprio comportamento, o que é fundamental para uma mudança de perspectiva, possibilitando um melhor direcionamento em sua vida. Tendo em vista também, uma boa orientação aos pais para um redirecionamento na maneira de conduzir essas crianças.





sexta-feira, 25 de junho de 2010

O QUE NOSSAS CRIANÇAS APRENDEM BRINCANDO?

       A brincadeira é a linguagem universal das crianças, ponto fundamental para seu desenvolvimento como ser humano, brincando as crianças aprendem a lidar com suas emoções, inventar soluções, criar e designar afetos, localizar desejos, compreender sensações e sentimentos, aprender sobre o mundo do adulto, construir seus saberes, e entre vários aspectos que ficaria horas escrevendo. Construir saberes é aprender com significado e afeto. É lançar-se com entusiasmo à curiosidade e a interação social. 
     Para aprender é preciso que a criança esteja disponível cognitivamente, fisicamente e que, além disso, suas estruturas psiquicas precisam estar de acordo.
     Por isso dizemos muitas vezes, criança que brinca, amanhã adulto que pensa!
     Brinquem com seus filhos e deixem a imaginação fluir, pois está ai a criatividade em plena expressão, afeto e confiança também serão fortalecidos nesta interação lúdica.
   

Quem sou eu

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RJ, RJ, Brazil
Psicóloga e Educadora Infantil.