Psiclogia Infantil e a Vida

Seja Bem Vindo!
Psicologia Infantil e a Vida é um blog criado para abordar questões de psicologia infantil e temas emergentes que os pais, crianças e as escolas enfrentam nos dias atuais.
Dúvidas e solicitações de textos favor entrar em contato pelo endereço de email.







terça-feira, 3 de julho de 2012

A FUNÇÃO REGULADORA DO ELOGIO E SEUS BENEFÍCIOS


                                                                            ELOGIE -AME- PROTEJA
    DIGA PALAVRAS FORTALECEDORAS E ENCORAJADORAS ESTIMULE SENTIMENTOS DE AUTO-VALOR EM SEU FILHO.

Como elogiar e por que  elogiar nossos pequenos...

É Necessário, orientar e fortalecer a personalidade de nossos amados herdeiros, através da educação dos sentimentos e da construção de uma moral enrriquecida de valores e virtudes.
Elogiar com consistência e sinceridade as atitudes e comportamentos adequados de nossas crianças, de forma estimular-lhes a cultivarem pureza de intenção é uma ferramenta poderosa.Sendo assim, eles desenvolvem comportamentos saudáveis aprendendo relacionar consigo e com os outros. 
Os benefícios são sentimentos de adequação, segurança emocional, força de caráter, auto-valor, auto-respeito, auto-confiança e auto-estima elevada. Nossos filhos precisam aprender além dos conteúdos escolares: valores, princípios e ética. Precisam aprender a respeitar as diferenças, adquirir hábitos saudáveis e construir amizades sólidas. Não se consegue nada disso por meio de elogios frágeis, focados no ego de cada um. É preciso que sejam incentivados constantemente a agir com solidariedade e respeito ao outro. Isso se faz com elogios, feedbacks e incentivos ao comportamento esperado.
Nossos filhos precisam ouvir frases como: “Que bom que você o ajudou, você tem um bom coração”, “parabéns meu filho por ter dito a verdade apesar de estar com medo… você é ético”, “filha, fiquei orgulhoso de você ter dado atenção àquela amiguinha novata… você é solidária”. ´´Meu amor que bom que você gosta de cuidar de sua colega que usa cadeira de rodas é sempre bom receber carinho não acha?´´.´´ Sinto orgulho de ter um filho como você´´. ´´Que bom querida que você compreendeu que agora não posso te dar atenção, assim que terminar esta tarefa brincarei com você´´. 
Elogios desse tipo estão fundamentados em ações reais e reforçam ocomportamento positivo da criança que tenderá a repetí-los. Isso não é “tática” paterna, é incentivo real.
 Por outro lado, elogiar superficialidades é uma tendência atual. “Que linda você é, amor”, “acho você muito esperto meu filho”, “Como você é bonito e inteligente”, “que cabelo lindo”, “seus olhos são tão bonitos”. ´´Você tirou a melhor nota da sala parabéns!´´
Elogios como esses não estão baseados em fatos, nem em comportamentos, nem em atitudes. São apenas impressões e interpretações dos adultos. 

 Então, numerosos livros e artigos, estimulam pais e professores a recorrer generosamente aos elogios e muitas experiências mostram que eles são bem melhores que os castigos, como eficientes condicionadores de comportamentos. É claro as crianças querem reflexos positivos e farão qualquer coisa para conseguir nossa aprovação. No entanto, há uma sutil diferença, mas importante entre rótulos positivos (´´bom ´´ou´´comportado´´) aplicados a pessoa de uma criança e a aprovação dirigida aos atos.     

 Para acreditar em si mesma a criança não deve ter que questionar o seu valor como pessoa.Essa distinção não fica clara para criança quando lhe dizem que ela boa por que gostaram do que ela fez. A criança paga um preço psicológico muito caro para se conviver com os julgamentos, ela aprende a considerar seu comportamento como sinônimo de pessoa. 

 Para exemplificar pensemos que o sol é o núcleo interior da criança e os raios do sol pode ser comparado aos seus comportamentos. Os raios vem do sol então esse raciocínio´´ bom comportamento´´= ´´boa pessoa´´ e´´ mau comportamento´´ ´´má pessoa´´. Logo esse raciocínio, não separa a criança de seus atos.

  • O auto-resepeito da criança varia constantemente, a menos que ela consiga andar na corda bamba de um desempenho elevado. Nehuma criança comporta-se sempre de maneira aceitável pois todas estão em desenvolvimento. Quando as palavras dos adultos e atitudes igualam os comportamentos da criança com a sua pessoa isso faz com que ela viva se sentindo um iô iô. Assim seu valor pessoal sobe e desce de acordo com seu comportamento.

  • Mesmo que você não acredite que seu filho é aquilo que ele faz pode levá-lo a pensar isso, minando sua auto- estima e seu valor pessoal.

JULGAMENTOS E PALAVRAS ROTULADORAS: Palavras rotuladoras- adjetivos e substantivos que descrevem uma pessoa- são as que causam problemas tais como: ´´ preguiçoso´´ ,´´ bagunceiro´´, ´´bom´´, ´´mau´´, ´´levado´´, ´´bonzinho´´ têm pela sua natureza o caráter de julgamento. Em geral o uso de você seguido de um substantivo ou adjetivo que descreve ou classifica a criança, representa um julgamento. Ex: ´´Seu palerma você não sabe fazer outra coisa a não ser brincar na rua?´´.

EVITE A ARMADILHA DO JULGAMENTO: Deixar de julgar é muito difícil pois quase todos nós passamos a vida inteira sendo julgados. E raramente questionamos este modo de pensar. Você pode acabar com esse hábito adquirindo consciência de que está julgando. Para fugir do carrosel do julgamento anote algumas frases que você usa a seu próprio respeito e a respeito de seus filhos - as frases com ´´você´´, seguidas de palavras descritivas. Em seguida, reescreva as frases como uma manifestação de seus sentimentos interiores. Veja como pode subistituir as palavras.

A vigilância e a prática podem transfromar você!

 Reflita sobre isto:

Enfim você pode estar pensando mas meu filho será julgado e rotulado por outras pessoas, amigos, professores.Sim será rotulado de um jeito ou de outro no mundo exterior. No entanto a ausência de julgamentos dos pais e cuidadores diários ajuda a criança a transformar rótulos de outras pessoas, onde provavelmente terá mais condições de ignorar esses rótulos, consequentemente menos ferida em seu eu. Sua auto-imagem fortalecida e sendo poupada de golpes desnecessários.Definitivamente nossos filhos não são os seus comportamentos!

A CRIANÇA SAUDÁVEL SE VÊ A PARTE DE SEUS ATOS.

 

O Sentimento de valor pessoal, independente do seu Comportamento é essencial para uma auto-estima elevada.

  A maneira como falamos com as crianças afeta a possibilidade de estas estabelecerem distinção vital entre o comportamento e eu. Elas necessitam se sentirem valorizadas, preciosas e especiais, só assim gostaram do que são.

Amar não é algo necessáriamente que você transmita da boca para fora.

É o sentimento que você têm para com sua criança demonstrando que a quer. E apesar das irritações intermitentes, você continua vendo suas qualidades e estimulando-as.

Este é o nosso papel enquanto pais!

Abraços! Até o próximo tema!

Fernanda
Dúvidas, sugestões e orientações

Contato 021 78907785

 

terça-feira, 22 de maio de 2012

LIMITES SEM CULPA...

                                                                                   
Dar limites sim ou não?




Como, quando e por que dizer ´´não´´ aos filhos.

Educar uma criança é um processo complexo e continuo. Requer tato para lhe dar com situações totalmente inesperadas. Para maioria dos pais que nem sonhavam ter tanto trabalho, todo dia e todas as horas do dia. No entanto se agirmos com segurança e firmeza de propósito poderemos atingir nossos objetivos educacionais sem autoritarismo.
Então dar limites ao contrário do que muitos pensam, não é oposto- com dar carinho, amor, atenção e segurança.
A criança que não aprende a ter limites para seus quereres, desejos e vontades, que tudo quer e tudo pode, tende a desenvolver um quadro de dificuldades que vai se instalando.

1- Ataques de raiva  , descontrole emocional e histeria
Comum em crianças (até 5 ,6 anos no máximo).

  A criança ao nascer é hedonista vive em busca de seus desejos e necessidades é também egocentrica (bebê e criança pequena ideia mítica que o mundo giraem torno deles.) E ainda não tem noção de valores nem pode saber o que é certo ou errado. Espera-se que os adultos vá mostrando paulatinamenta o que se pode ou não fazer. Afinal vivemos em sociedade regulamnetada por leis e normas e quem não segue sofre sanções. A escola irá colaborar com os pais mas nunca irá substituir.
  Quando os pais trabalham adequadamente nesse sentido, com o passar de anos a criança terá desenvolvido de forma sólida o processo de socialização (conviver). A criança que não é orientada pelos pais, e, é sempre atendida quando chora e esperneia, está aprendendo a alongar seus limites e aprendendo a controlar o mundo através do grito pela violência ou agressão.

2- Dificuldade crescente de aceitação de limites
  
   Se uma criança joga o prato de comida para expressar o não querer, cabe ao adulto falar com tranquilidade´´ isto não tá certo quando não quiser, não coma, mas não jogue no chão.´´
  A criança entenderá que esta é uma ação que a mamãe não aprova.  Se cada vez que ela tiver ações deste tipo a mãe ou o adulto da relação ir mostrando com naturalidade desaprovação, a tendência e que ela vá deixando de lado esta atitude.
  Então não é fácil? Aprovar o que seu filho faz de bom, com um olhar carinhoso e aplaudir (elogiar atitudes e comportamentos positivos). Gerando assim um sentimento de bem estar e auto-estima na criança. E desaprovar ou seja, não estimular atitudes negativas, destrutivas e agressivas.

3-Distúrbios de conduta, desrespeito aos pais, colegas e autoridades, incapacidade de concentração
dificuldade em concluir tarefas, excitabilidade, baixo rendimento
    
  A criança cresceu foi cercada de amor, isto nunca pode faltar. Mas também atendida em todos os desejos. Foi crescendo e ficando cada dia mais distanciada da realidade. O mundo se tornou seu escravo. Assim ela percebeu que pudesse interromper aos gritos quem estivesse falando, comprar todos os brinquedos prediletos, comer todos os doces a hora que quisesse e dormir na cama do pai e da mãe todas as noites. Ao final de sete oito anos os pais percebem que criaram uma pessoinha com uma visão distorcida do mundo e que agora, colegas, parentes e vizinhos estão evitando conviver com alguém tão cheio de vontades.   
  Então a criança que todos achavam tão lindinha e cheia de ´´personalidade´´ tornou-se um verdadeiro reizinho, tirano e mandão. Contudo, ninguém tem mais autoridade sobre ele,não consegue convence-lo a estudar, falar com educação com os mais velhos, respeitar filas, tolerar desgostos e frustrações, não fazer os deveres, e agora com 11 anos, joga a bicicleta no colega ou empurra propositalmente. Socorro?  Exagero? De forma alguma, a criança que não aprende ter limite cresce com uma deformação na percepção do outro. Só ela importa, só o seu bem estar e o seu prazer.


Consequências bem graves:
Falta de concentração
Falta de persistencia
Desrespeito pelo outro família, colega , professores e autoridades em geral.
Intolerância a frustração

  Em resumo aquilo que nos primeiro anos de vida pode parecer apenas engraçadinho interessante e até afetivo, acaba levando a criança ao polo oposto. Tentando evitar traumas psicológicos os pais estarão, dessa forma, com muita probabilidade propiciando sérios problemas num futuro nem tão distante.
Se a criança não aprende a ouvir não, de tanto ampliar seu espaço e sem aprender a reconhecer o outro como um ser humano, com necessidades e direitos tal como ela é, essa criança vai desenvolvendo caracteristicas de instabilidade emocional, redução na capacidade de concentração tal como vimos da falta de limite e incapacidade crescente de tolerar contrariedades.
  Cabe a nós pais e adultos orientar com firmeza e amor mesmo que seja exaustiva essa função de educar. E no futuro colheremos frutos daquilo que plantamos em seus corações, através de nossas ações coerentes  e nossos exemplos.









Quem sou eu

Minha foto
RJ, RJ, Brazil
Psicóloga e Educadora Infantil.